Racionalidade antiga e moderna
A
razão sem base no Logos vira verborragia, multiplicidade de discursos, o mundo
da doxa ou opinião em que sempre é possível achar boas razões para tudo até
para o mal. Eis o que significa a modernidade como filosofia: a suficiência da
razão humana que vai levar ao niilismo, ao nada, ao abandono do Logos, do
Fundamento, da Verdade.
—
Rafael Enrico
A
modernidade como filosofia é marcada por uma concepção da razão humana como
suficiente para resolver todos os problemas e alcançar a verdade. No entanto,
essa visão acaba levando ao niilismo, ao abandono do Logos, da Fundamentação e
da Verdade. A razão sem base no Logos se torna verborragia, uma multiplicidade
de discursos em que sempre é possível encontrar boas razões para tudo, até
mesmo para o mal.
Os
filósofos da modernidade, como Immanuel Kant, argumentaram que a razão humana é
capaz de conhecer a realidade e alcançar a verdade. No entanto, ao mesmo tempo,
eles reconheceram que a razão é limitada e que é necessário ter cuidado ao
utilizá-la. De acordo com Kant, a razão deve ser regulada por princípios morais
e éticos para evitar o niilismo e o abandono da verdade.
No
entanto, outros filósofos, como Friedrich Nietzsche, argumentaram que a razão
humana é insuficiente e que o niilismo é inescapável na modernidade. Nietzsche
criticou a concepção da razão como suficiente e afirmou que a verdade é
relativa e subjetiva. Segundo ele, a modernidade é marcada por uma "morte
de Deus", ou seja, pela perda da crença na verdade objetiva e absoluta.
O
filósofo Martin Heidegger também abordou o tema da modernidade e da razão. Ele
argumentou que a modernidade é caracterizada pela "disponibilidade"
da tecnologia, ou seja, pela transformação da natureza em objeto de uso e
exploração. De acordo com Heidegger, essa visão reducionista da realidade leva
ao niilismo e ao abandono do significado da vida.
Por
fim, a modernidade como filosofia é marcada por uma concepção da razão humana
como suficiente para alcançar a verdade. No entanto, essa visão acaba levando
ao niilismo, ao abandono do Logos e da Verdade. Filósofos como Kant, Nietzsche
e Heidegger discutem as implicações dessa concepção e oferecem críticas à razão
moderna. Para eles, é importante reconhecer os limites da razão e buscar uma
base mais sólida para a verdade e a moral.
Thiago Carvalho,
Psicólogo
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