NOÇÕES DE LÓGICA – PARTE III: SUBJETIVISMO E VERDADE
PARTE III – PÍLULA
FILOSÓFICA
4 — O PROBLEMA DA VERDADE NA LÓGICA
E NA GNOSEOLOGIA
As condições de verdade na lógica
As condições de verdade na lógica
são as características que uma proposição deve satisfazer para ser considerada
verdadeira. Em lógica clássica, as condições de verdade são o Tautologia (a
verdade independente do contexto) e o Contraditório (o negativo da proposição é
sempre falso). Além disso, em outras teorias da verdade, as condições de
verdade podem incluir a correspondência com os fatos, a coerência, a
confirmação por evidências, entre outros.
As condições de verdade na
gnoseologia
Na gnoseologia, as condições de
verdade referem-se aos critérios ou padrões que uma afirmação ou conhecimento
deve atender para ser considerado verdadeiro. A concepção de verdade na
gnoseologia pode variar de acordo com diferentes teorias e filosofias, mas
algumas das condições mais comuns incluem: correspondência com a realidade ou o
estado das coisas, coerência com outros conhecimentos ou conceitos, e
verificabilidade por meio de experimentos ou observações. Algumas teorias, como
o pragmatismo, adotam uma concepção mais instrumental de verdade, que se
concentra nas consequências práticas do conhecimento.
5 — O PROBLEMA DA VERDADE NA
MODERNIDADE
O relativismo moral – e suas causas
O relativismo moral é a ideia de
que não existe uma moral absoluta e universal, mas sim múltiplas morais que são
construídas culturalmente e subjetivamente. De acordo com essa perspectiva, a
moral é vista como relativa ao tempo e ao lugar, e não há uma moral
"certa" ou "errada".
As causas do relativismo moral no
horizonte do século XIX incluem vários fatores, incluindo a influência da
Ilustração, que questionou as autoridades tradicionais e valorizou a razão
individual, e o aumento da pluralidade cultural no mundo ocidental, que trouxe
à tona a diversidade de valores e costumes.
Além disso, o relativismo moral foi
influenciado pela evolução das ciências sociais, que procuraram entender as
bases sociais e culturais da moralidade humana, e pelo crescimento das ideias
pós-modernas, que questionaram a existência de verdades objetivas e universais.
Em resumo, o relativismo moral é a
ideia de que a moral é relativa ao tempo e ao lugar, e não há uma moral
absoluta e universal. Essa perspectiva surgiu no século XIX como resultado de
vários fatores, incluindo a influência da Ilustração, o aumento da pluralidade
cultural, a evolução das ciências sociais e o crescimento das ideias
pós-modernas.
O relativismo cultural – e suas
causas
O relativismo cultural é a ideia de
que as culturas e sociedades são distintas e não comparáveis, e que não existe
uma cultura ou sociedade "superior" ou "inferior". De
acordo com essa perspectiva, as normas, valores e crenças culturais são vistos
como relativos à cultura e não há uma verdade universal ou objetiva a respeito.
As causas do relativismo cultural
incluem vários fatores, incluindo a influência da Ilustração, que questionou as
autoridades tradicionais e valorizou a razão individual, e o aumento da
pluralidade cultural no mundo ocidental, que trouxe à tona a diversidade de
valores e costumes.
Além disso, o relativismo cultural
foi influenciado pela evolução das ciências sociais, que procuraram entender as
bases sociais e culturais da moralidade humana, e pelo crescimento das ideias
pós-modernas, que questionaram a existência de verdades objetivas e universais.
O relativismo cultural também é
influenciado pelo contexto histórico, incluindo a colonização e a globalização,
que ampliaram o conhecimento das diferenças culturais e sociais ao redor do
mundo.
Em resumo, o relativismo cultural é
a ideia de que as culturas e sociedades são distintas e não comparáveis, e que
as normas, valores e crenças culturais são relativos à cultura. Essa
perspectiva surgiu como resultado de vários fatores, incluindo a influência da
Ilustração, o aumento da pluralidade cultural, a evolução das ciências sociais,
o crescimento das ideias pós-modernas e o contexto histórico, incluindo a
colonização e a globalização.
O relativismo lógico-epistemológico
– e suas causas
O relativismo lógico-epistemológico
é uma corrente filosófica que surgiu no contexto do século XIX e que questiona
a existência de verdades universais e objetivas, e afirma que as verdades são
relativas à perspectiva individual ou cultural.
Esse relativismo é influenciado
pela tradição filosófica da Ilustração, que valorizou a razão individual e
questionou as autoridades tradicionais. Além disso, ele também é influenciado
pela evolução da ciência e da tecnologia, que permitiu ao homem ampliar seu
conhecimento sobre o mundo e questionar a natureza da realidade.
O relativismo lógico-epistemológico
é uma resposta ao positivismo, que defendia a existência de verdades objetivas
e universais e que negava a existência de qualquer tipo de verdade subjetiva ou
relativa. O relativismo lógico-epistemológico argumenta que as verdades são
construídas socialmente, e que não existe uma verdade objetiva a respeito.
Esse relativismo também é
influenciado pela evolução da antropologia, que trouxe à tona a diversidade
cultural e a importância do contexto social e cultural na construção das
verdades. Além disso, ele é influenciado pelas ideias pós-modernas, que questionaram
a existência de verdades objetivas e universais e valorizaram a subjetividade e
a diversidade cultural.
Em resumo, o relativismo
lógico-epistemológico é uma corrente filosófica que surgiu no contexto do
século XIX e que questiona a existência de verdades universais e objetivas.
Esse relativismo é influenciado pela tradição filosófica da Ilustração, pela evolução
da ciência e da tecnologia, pelo positivismo, pela evolução da antropologia e
pelas ideias pós-modernas.
6 — O PROBLEMA DA VERDADE NA
CONTEMPORANEIDADE
Na contemporaneidade, o problema da
verdade continua a ser um tema central e polêmico na filosofia. Muitos
filósofos argumentam que a verdade é subjetiva e que não existe uma verdade objetiva
e universal. Outros argumentam que existem verdades objetivas, mas que elas são
difíceis de serem alcançadas devido à limitação da razão humana.
O relativismo é uma corrente
filosófica que se tornou dominante na contemporaneidade e que argumenta que as
verdades são relativas à perspectiva individual ou cultural. Esse relativismo é
influenciado pelas ideias pós-modernas, que valorizam a subjetividade e a
diversidade cultural.
Por outro lado, existem filósofos
que defendem a existência de verdades objetivas e universais. Esses filósofos
argumentam que as verdades podem ser alcançadas através da razão e da ciência,
e que as verdades são independentes da perspectiva individual ou cultural.
A questão da verdade na
contemporaneidade é complicada devido ao fato de que existem muitas
perspectivas diferentes e que a verdade é um conceito muito subjetivo. No
entanto, o problema da verdade continua a ser um tema relevante e polêmico na
filosofia contemporânea, e os filósofos continuam a debater a existência de
verdades objetivas e universais.
Origens do pensamento pós-moderno
O pensamento pós-moderno tem suas
origens nas décadas de 1950 e 1960, quando filósofos e teóricos sociais
começaram a questionar as pretensões da modernidade à objetividade, razão e
verdade universal. Esses filósofos argumentavam que as verdades eram
construídas socialmente e que a razão e a objetividade eram meras ilusões.
O pensamento pós-moderno é
influenciado por uma série de correntes filosóficas, incluindo o
existencialismo, o pragmatismo e o fenomenologia. Além disso, o pensamento
pós-moderno é influenciado pela teoria crítica, que argumenta que a sociedade é
dominada por relações de poder e que as verdades são construídas a partir
dessas relações de poder.
Outra influência importante para o
pensamento pós-moderno é a teoria da linguagem, que argumenta que as verdades
são construídas através da linguagem e que as verdades não têm uma existência
objetiva independente da linguagem.
Em resumo, o pensamento pós-moderno
tem suas raízes em uma série de correntes filosóficas e teóricas sociais que
questionam as pretensões da modernidade à objetividade, razão e verdade
universal, e argumentam que as verdades são construídas social e culturalmente.
O pensamento pós-moderno
O pensamento pós-moderno é uma
corrente filosófica e teórica que surgiu na década de 1950 e 1960 como uma
reação ao racionalismo e ao idealismo da modernidade. É uma corrente
pluralista, que inclui vários autores, períodos históricos e lugares. Alguns dos
autores mais importantes do pensamento pós-moderno incluem:
Michel Foucault: um filósofo
francês conhecido por sua crítica às verdades objetivas da modernidade e pela
sua análise das relações de poder na sociedade.
Jacques Derrida: um filósofo
francês conhecido por sua teoria da deconstrução, que argumenta que as verdades
da modernidade são baseadas em hierarquias linguísticas e que essas hierarquias
são desafiadas pela pluralidade da linguagem.
Jean Baudrillard: um teórico social
francês conhecido por sua crítica da sociedade de consumo e por sua teoria da
simulacra, que argumenta que as verdades da modernidade são substituídas por
imagens e simulações.
Fredric Jameson: um teórico
cultural americano conhecido por sua crítica às narrativas da modernidade e
pela sua teoria da pós-modernidade como uma forma cultural de capitalismo
avançado.
O pensamento pós-moderno é
influenciado por uma série de correntes filosóficas e teóricas sociais,
incluindo o existencialismo, o pragmatismo e a fenomenologia. Além disso, é
influenciado pela teoria crítica, que argumenta que a sociedade é dominada por relações
de poder e que as verdades são construídas a partir dessas relações de poder.
Em resumo, o pensamento pós-moderno
é uma corrente pluralista que abrange vários autores, períodos históricos e
lugares, e que é influenciado por uma série de correntes filosóficas e teóricas
sociais que questionam as pretensões da modernidade à objetividade, razão e
verdade universal.
A verdade como “minha verdade”
O pensamento pós-moderno aborda a
questão da verdade como algo subjetivo e individual, ligado ao sujeito e sua
percepção. Nesta perspectiva, a verdade não é uma realidade objetiva e
universal, mas sim uma construção social e histórica, influenciada pelas
condições sociais, culturais e políticas.
O subjetivismo pós-moderno tem
raízes na filosofia existencialista e no pragmatismo, e foi influenciado por
autores como Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre. Neste
contexto, a verdade é vista como uma construção do sujeito, e não como algo
além dele.
O subjetivismo pós-moderno também
foi influenciado pelo movimento feminista e pela crítica às grandes narrativas
e à metanarrativa, como o marxismo e o humanismo. Autores como Michel Foucault
e Jacques Derrida argumentam que as verdades são construções sociais, e que o
poder é o que determina o que é verdadeiro ou falso.
Além disso, o subjetivismo
pós-moderno também teve influência no movimento artistico da vanguarda, como o
surrealismo, e na cultura popular, como o cinema, a literatura e o rock.
Em resumo, o pensamento pós-moderno
entende a verdade como algo particular e subjetivo, e não como uma realidade
objetiva e universal. Esta perspectiva é influenciada por autores, escolas de
pensamento e movimentos artísticos que questionam as grandes narrativas e a
autoridade da verdade.
Os discursos pós-modernos contra a
verdade em sentido substancial
Os discursos pós-modernos contra a verdade
em sentido substancial argumentam que a verdade não é algo fixo e objetivo, mas
sim uma construção social e histórica, influenciada pelas condições sociais,
culturais e políticas. Nesta perspectiva, não existe uma única verdade
universal e objetiva, mas sim múltiplas verdades, que são influenciadas pelo
ponto de vista de cada sujeito.
Os autores pós-modernos, como
Michel Foucault e Jacques Derrida, argumentam que as verdades são construções
sociais, e que o poder é o que determina o que é verdadeiro ou falso. Eles
argumentam que as verdades são produzidas por discursos e práticas sociais, e
que esses discursos e práticas são moldados por relações de poder e interesses
políticos.
Além disso, os discursos
pós-modernos contra a verdade em sentido substancial questionam a noção de
objetividade, argumentando que não há um ponto de vista neutro e imparcial, e
que toda perspectiva é influenciada por interesses e valores sociais. Eles argumentam
que a verdade é sempre construída a partir de uma perspectiva particular, e que
não existe uma verdade universal e objetiva.
Em resumo, os discursos
pós-modernos contra a verdade em sentido substancial argumentam que a verdade é
uma construção social e histórica, influenciada por relações de poder e
interesses políticos, e que não existe uma verdade universal e objetiva. Esta perspectiva
questiona a noção de objetividade e defende que a verdade é sempre construída a
partir de uma perspectiva particular.
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