Cultura como Cortina de Fumaça: O Encobrimento dos Fins Naturais

 




Intenciono expor uma visão crítica sobre a opinião pública, o establishment e o senso-comum, caracterizando-os como cínicos e hipócritas. Destaco a existência destes fenômenos está profundamente ligada a uma lógica ramificada, que envolve fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e políticos. Além disso, a cultura tem um papel importante no mascaramento dos fins da natureza, incluindo os males e a perpetuação do erro.

A partir desta visão crítica, podemos destacar a ideia de que existe uma relação profunda entre a natureza e a cultura (compreendida por toda ação humana ou modos de ser humano, incluíndo as instituições), onde a cultura é vista como um meio para os fins da natureza, tais como a reprodução, a competição entre populações e indivíduos e a conservação. A cultura, incluindo a ciência, religiões, livros, filmes e novelas, está profundamente afinada aos fins da natureza e, portanto, tem como papel mascarar as implicações destes fins.

Embora a cultura tenha um papel fundamental na produção de fenômenos, incluindo os bons, esta produção não é suficiente para eliminar as possibilidades de cinismo e hipocrisia, ao contrário, ela as perpetua. Isto sugere que a cultura e os centros de ensino, ao invés de eliminar as desigualdades e problemas sociais, acabam por perpetuá-los.

Por fim, exponho uma visão pessimista sobre a sociedade, sugerindo que a existência do cinismo e da hipocrisia é uma consequência inerente às dinâmicas sociais e culturais. Estas dinâmicas são fortemente influenciadas por fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e políticos e que a cultura, em vez de corrigi-las, acaba por mascará-las.

Em conclusão, afirmo que a opinião pública, o establishment e o senso-comum são profundamente cínicos e hipócritas pelas razões acima. Além disso, a cultura tem um papel fundamental na perpetuação destas dinâmicas sociais, ao invés de corrigi-las (apesar de discursar em sentido oposto). Esta visão pessimista sobre a sociedade se fundamenta na minha hipótese de existência de uma relação profunda entre a natureza e a cultura ao modo como concebo tal nexo.

Thiago Carvalho
21 de março de 2024


Mais informações: 

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